19 de jan. de 2013
Ode à Falsa Deusa
Conheci-te na primavera
Eras suave e delicada como uma flor
Exuberante e cheia de vida,
Charmosa e cheirosa,
Deliciosa Aurora colorida
A prometer-me o Éden na Terra.
Então tú eras o Sol
Quente, causticante
Astro brilhante e intenso
Teu calor a deixar-me tenso
Meu corpo incendiando-se de desejo
Gravitando à tua volta
Mercúrio lentamente a derreter-se.
Mas tú não eras
Nem a flor da primavera
Nem o Sol.
Eras um nada, um vazio,
Em teus olhos vi
O abismo negro e frio.
Foi-se o cântico nos lábios
Morto está o sorriso no coração
E tú, falsa deusa,
Para sempre esquecer-te-ei.
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