29 de mar. de 2010

Estou lendo...

... "Desnudeios - um retrato do homem moderno em suas relações de afeto".

Desde que me entendo por gente busco entender a alma feminina. Os motivos são variados, profundos, alguns insondáveis até. Em uma busca assim, é preciso que você constantemente se coloque no lugar do outro, e isto leva a uma certa perda de identidade. E um homem, antes de tudo, tem a noção exata de sua identidade, de seu Cogito Ergo Sum.

Cheguei enfim à conclusão que a alma feminina é um doce mistério que precisa continuar assim. Contento-me em ser, no máximo, um oráculo, que em sonhos conversa com sua deusa, fluidamente, eterealmente, inconscientemente.

Como não podia deixar de ser, a autora é uma mulher, a jornalista Maria Alice Guedes. Mas eu juro que o próximo livro que lerei sobre o Homem será "As Coelhinhas de Playboy", por Hugh Hefner. Essa sim será uma verdadeira jornada de descobrimento!

25 de mar. de 2010

Audaciosamente indo onde nenhum Protestante jamais esteve

No último domingo de manhã saí às compras em busca de um celular. Ao voltar para casa, por curiosidade entrei na igreja do Mosteiro São Bento que fica na praça de mesmo nome em São Paulo. A igreja existe há séculos e é mantida pelos monges beneditinos. Sempre ouvi falar do coral de canto gregoriano e do órgão de tubos que existem lá, e anseei pela oportunidade de ouvi-lo sendo tocado.

Esta foi a primeira vez que entrei num recinto Católico por vontade própria e desejando permanecer lá por algum tempo. Ao entrar, meu coração sentiu-se instantaneamente em paz. Olhei à minha volta e contemplei os ícones dos santos de outrora, campeões da Cristandade. Um sentimento de admiração, maravilha e respeito tomou conta de mim e pensei comigo mesmo "uau, isso é mais do que um simples símbolo!".

Enquanto isso no altar o padre dizia a Missa, sua voz Gregoriana ecoando pela nave da igreja proclamando o poder salvífico do sangue de Cristo, e o povo respondendo em uníssono. Então o coral Gregoriano cantou e senti a presença de Deus inundando meu coração.

Quando a prédica terminou, cada pessoa se virou para alguém a seu lado desejando "Bom Dia", e uma senhora apertou minha mão firmemente. Este foi um dos raros e sinceros apertos de mão que jamais recebi.

Peguei o metrô de volta para casa, audaciosamente sentindo-me mais Protestante do que nunca!

26 de nov. de 2009

John Calvin sobre o coração humano

Assim é o coração humano, cheio de vaidade, com os mais diversos esconderijos de mentiras!
Acha-se envolto em tanta hipocrisia que engana a si mesmo.

--- John Calvin, reformador protestante do século XVI

12 de nov. de 2009

Protesto contra a Uniban

Imprimatur et orbi!

Manifesto aqui o meu total repúdio e indignação contra esta universidade de araque, que durante o episódio Geisy Arruda adotou a amoralidade da turba criminosa, negou a sagrada inviolabilidade do corpo da vítima (o habeas corpus), e jogou na lata de lixo os mais elementares princípios de nossa civilização.

"Traze-os fora a nós, para que os conheçamos", gritou a turba criminosa sodomita em tempos idos.

"Libera a loira gostosa", gritou a turba criminosa unibana, com a sanção regimental do Conselho Universitário desta desinstituição.

É revelador dos tempos e dos costumes que o mais iluestre acadêmico a emergir da lixeira unibana seja um deputado petista, que ofereceu a solução pronta para o "entortador" da instituição: "eu não sabia de nada".

Que porca miséria!

Sodoma, por ter sucumbido à multidão que se junta para praticar o mal, atraiu a maldição divina. Vocês, unibanos, escabelo da civilização, o que vão atrair?

10 de nov. de 2009

Geisy, Uniban, e o Zeitgeist

 

A história de Geisy e a Uniban é, mutatis mutandis, a história de Ló e Sodoma contada em Gênesis 19. Sodoma foi destruída pelo juízo divino, vejam bem, quando TODOS os habitantes da cidade (desde o velho até o mais moço) tentaram estuprar os dois anjos de Deus que estavam hospedados na casa de Ló.

Sexo dos anjos à parte, o mesmo zeitgeist que na Antigüidade animou a turba de Sodoma é o mesmo que na Era das Luzes animou a turba da Uniban:

"Traze-os fora a nós, para que os conheçamos", gritou a turba sodomita.

"Libera a loira gostosa", gritou a linchadora e estupradora turba unibana.

7 de nov. de 2009

É hora de levantar âncoras!

 

Venham, amigos, não é tarde para buscar um novo mundo.

Desatracai e, postos em ordem, batamos sonoros encaixes; pois é meu intento navegar além de onde o sol se põe, e se banham os astros ocidentais, até a morte.

Talvez aqueles vorazes golfos nos devorem,

Talvez venhamos a alcançar as Ilhas da Fortuna e vejamos o grande Aquiles, nosso conhecido.

Ainda que muito esteja perdido, muito nos resta; e ainda que perdida a força dos velhos dias que movia céus e terras; somos o que somos; uma coragem única nos corações heróicos, débeis pelo tempo e pelo destino, mas persistentes em lutar, achar, buscar, jamais render-se!


-- Tennyson, in Ulisses

28 de out. de 2009

Ode aos Amigos

 

Amigos!

Vós que aqui estais

Sim, vós que estais à távola redonda

A compartilhar este rico e lauto jantar

Espíritos fraternos inebriados por divinos néctares

Festivos e despreocupados

 

Achegai-vos, amigos, sim, achegai-vos

Compartilhai o calor básico humano

Enquanto a tempestade ruge lá fora

Protegidos pelas grossas muralhas

Deste castelo de aço e pedra

Cá estamos

 

Enquanto o bardo canta as glórias de nossos feitos

Bebendo da deliciosa fonte Hipocrene

Eis, então, o alado Pégaso que nos traz a musa

Inspiradora sílfide

 

 

E após tantas procrastinações

Irei, afinal, prosseguir ao objetivo desta ode

 

Mais uma vez cá estamos, meus amigos

Pois comei, bebei, e gozai,

Porque isso é o que satisfaz!

 

Tenho dito.